E, de fato, a casa estava mesmo lotada. O público, em sua grande maioria, composto de crianças, adolescentes e seus respectivos responsáveis legais. Quase todos com as letras das músicas na ponta da língua e diversos acessórios com o nome do grupo grafado. Ou, pelo menos, a sigla RBD. "Quem está com bastão com luz levanta ele! E quem não está, levanta o celular! É que é lindo ver essas luzes todas daqui de cima", se emocionou Chay Suede, o Tomaz de Rebelde, depois de cantar a música Rebelde Para Sempre, da abertura do folhetim, e ouvir em seguida Lua Blanco, com sua Do Jeito que Eu Sou.
A apresentação leva aproximadamente uma hora e meia e conta com 19 músicas. Do total, treze fazem parte da trilha sonora da novela e do álbum do grupo. Já seis são números solos escolhidos por cada um dos integrantes, mostrando um pouco de sua personalidade e suas influências musicais. Sophia Abrahão, por exemplo, se solta ao som de Born This Way, de Lady Gaga, enquanto Chay dá novos arranjos ao rock Last Night, do The Strokes. "O nosso repertório tem uma influência pop muito forte e acho que essa é uma música que tem tudo a ver", explicou Sophia, a última a ficar pronta para o espetáculo.
Para a nova temporada, pouco se fala. Já é certa a entrada e saída de alguns personagens. Mas nada que afete os seis nomes principais da trama. É claro que a tendência é que as cenas envolvendo música sejam cada vez mais frequentes no folhetim. E isso não quer dizer que a dramaturgia será colocada de lado. Palavra de Ivan Zettel, que dirige a novela de Margareth Boury. "Sabemos que uma parte complementa a outra, mas não pode comprometer. Rebelde envolve tanto o texto quanto a música e vamos continuar cuidando dos dois. Tem espaço para tudo", garante. Hiran Silveira, diretor de teledramaturgia da Record, diz que o segundo ano será o último. Mas, a julgar pelo que se vê entre o grupo, a equipe e o público que vem lotando os shows, esse será um martelo difícil de ser batido.
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